quinta-feira, 21 de maio de 2015

ARMAS DE FOGO E SOCIALIDADES MASCULINAS EM GUERRA

Se, de um lado, há crenças que validam o uso da violência armada para confrontar problemas interpessoais e, de outro, há um arsenal de armas de fogo imenso, além das armas que circulam como mercadorias ilícitas, o fenômeno da morte matada por arma de fogo torna-se um ponto crítico do modo como consideráveis segmentos da população masculina do país está afetada por códigos de credibilidade cujo eixo central é o do "querer falar mais alto do que o outro". A violência armada é uma derivação de uma socialidade armada aprendida nas formas e nos espaços da masculinidade concebida como atitude de ser capaz de fazer a "guerra" contra quem falta com a devida "consideração" que se espera coletivamente haver nas relações sociais entre homens. A percepção de uma falta de consideração, tal qual uma profecia autorrealizadora, como performance, à ação situada no plano do "antes a dele do que a minha", referindo-se aí à dor que será provocada nas respectivas mães daqueles que são inimigos potenciais no contexto situacional em que se avalia moralmente a falta de consideração. Ser considerado envolve um desde de poder das masculinidades armadas.

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