"A morte por tráfico é pontual", diz diretor da GMF
Ex-diretor do Instituto Penal Professor Olavo Oliveira (IPPOO) II e atual diretor da Guarda Municipal de Fortaleza (GMF), Plauto de Lima aposta nas blitze como fator de antecipação aos atos de violência habitualmente cometidos no bares e restaurantes e seus respectivos arredores.
A ideia não é prender, mas evitar que um crime ocorra. “Focamos no ordenamento da cidade. Porque desordem chama desordem e violência. Se o cara liga o som alto e vê que não dá em nada, o do lado vai achar que pode dar um murro em alguém ou até matar e também vai dar em nada”, explica o major.
Ele diz não acreditar na tese de os altos índices de homicídios de Fortaleza serem reflexo do tráfico de drogas - como prega a Secretaria Estadual de Segurança. “Morte por tráfico é pontual. Não é preponderante. Se fosse preponderante, Recife era para ter mais morte do que aqui; São Paulo era pra ter mais do que aqui; Rio de Janeiro era pra ter mais do que aqui... E eles estão diminuindo. Por quê?”, indaga, em linha similar à de especialistas consultados pelo O POVO em outras reportagens sobre violência urbana.
Plauto de Lima defende a execução do Plano Municipal de Segurança Cidadã, em formulação na Sesec. Conforme ele, o documento lista ações cujo objetivo é antecipar o poder público aos crimes de baixo (furtos e roubos, por exemplo) e alto potencial violento (homicídios). (Bruno de Castro)
http://www.opovo.com.br/app/opovo/fortaleza/2013/03/21/noticiasjornalfortaleza,3026071/a-morte-por-trafico-e-pontual-diz-diretor-da-gmf.shtml
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